Capacetes com ventilação produzidos pelas UFPB são testados em pacientes

Um dos protótipos de capacete com respiradores produzidos no Brasil foi desenvolvido na Universidade Federal da Paraíba Foto: Divulgação/UFPB

Após aprovação dos testes e homologação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), aparelhos terão licença para comercialização. Cada capacete tem custo de aproximadamente R$ 100.

Os testes de 40 capacetes com ventilação não invasiva para pacientes em estado grave de Covid-19 foram iniciados em quatro hospitais da Paraíba. Os capacetes foram desenvolvidos por pesquisadores do Laboratório de Fabricação Digital (FabLab) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Após a aprovação dos testes e a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) homologar o produto, eles terão licença para comercialização. Cada aparelho tem custo de aproximadamente R$ 100.

De acordo com o FabLab, o aparelho tem baixo custo e será uma alternativa de tratamento clínico para a Covid-19. Ele poderá ser usado em pacientes com necessidade de suporte ventilatório, para evitar intubações orotraqueais precoces que, segundo especialistas, é um procedimento bastante invasivo e com riscos maiores de contaminação.

De acordo com o coordenador do laboratório da UFPB, professor Euler Macêdo, os capacetes estão sendo testados nos hospitais Universitário Lauro Wanderley, Unimed e Clementino Fraga, em João Pessoa, e no Hospital Municipal de Cabedelo.

“Os capacetes fazem parte de um projeto internacional e já foram utilizados na Itália. Eles servem para auxiliar em uma etapa anterior ao processo de intubação, possibilitando aos pacientes a recuperação sem a necessidade desta ação. Submetemos aos testes 40 unidades e vamos esperar a homologação da Anvisa para distribuir a licença de forma gratuita a quem tiver condições de produzir. Até em larga escala”, explicou o professor.

Segundo o professor, o protótipo do capacete teve previsão de custos iniciais em R$ 100 por unidade e, com melhorias, o preço final não ficará muito distante desse valor. Para o pesquisador da UFPB, como é de baixo custo, será vantajoso para as instituições de saúde. O equipamento é de uso pessoal e deve ser usado durante os 14 dias do tratamento de Covid-19.

Participam do projeto os pesquisadores Alberto Oliveira Filho, Eliauria Martins, Euler Macêdo e Luiz Regis. Segundo os pesquisadores, embora o processo de fabricação seja simples, a equipe ainda está em busca de parceiros que possam aumentar a capacidade de produção após a regulamentação pela Anvisa. Contatos podem ser realizados através do e-mail fablab@cear.ufpb.br.

G1PB

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