Hospital Universitário de Campina oferece atendimento com especialista em geriatria

Desde julho, o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), vinculado à Universidade Federal de Campina Grande e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), conta com serviços de geriatria, que é a especialidade médica que estuda e trata das doenças ligadas ao envelhecimento.

Imagem: ilustrativa

Em 2041, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pessoas com 65 anos de idade ou mais na Paraíba vai ultrapassar o número de cidadãos com idade abaixo de 15 anos. Para a geriatra Joana Camila Duarte, contratada pelo HUAC após concurso realizado pela Ebserh, mais do que só tratar das doenças, é preciso também orientar a população sobre como envelhecer com qualidade de vida.

“A importância do geriatra em uma instituição como o HUAC é bem ampla, englobando a população, a instituição e os próprios estudantes que estão em formação. Especialmente para a população, o benefício é o atendimento por um médico que está capacitado a entender particularidades do envelhecimento, agregando um cuidado maior com a saúde dessas pessoas. A geriatria busca promover longevidade, mas principalmente a qualidade de vida das pessoas”, explicou.

Segundo a especialista, a ideia é que um idoso possa chegar aos 80, 90 anos, por exemplo, mas de forma independente, autônoma, mantendo a funcionalidade, a capacidade de gerenciar a própria vida e de cuidar da saúde. “A geriatria quer que as pessoas se empoderem da sua saúde, adquirindo a capacidade de se autocuidar, de entender o seu envelhecimento e saber o que pode ser feito para viver mais e melhor”, afirmou Joana Camila Duarte.

Para a geriatra, o estigma de que envelhecer significa adoecer precisa ser desconstruído. “Isso precisa ser mudado. A gente tem de promover a educação, no sentido de que é possível envelhecer com qualidade de vida, tanto para os idosos, quanto para a população como um todo, além dos próprios profissionais de saúde”.

Queixas mais comuns

Incontinência urinária, tontura, esquecimento, distúrbios do sono, modificação de comportamento e queixas emocionais são alguns indícios de que o idoso deve procurar um geriatra. “A partir dos 60 anos de idade, pode se passar por uma avaliação de um médico geriatra. Se a pessoa idosa, porém, já tem assistência de um clínico e tudo vai bem, não há motivos para se ter uma avaliação geriátrica imediata”, comentou a especialista.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, pessoas idosas são mais propensas a ter problemas crônicos de saúde e, muitas vezes, múltiplos problemas ao mesmo tempo. Dor crônica, dificuldades para ouvir, ver e andar ou realizar atividades diárias estão entre as queixas mais frequentes. No Brasil, um quarto da população será formado por idosos em 2060, conforme projeção do IBGE.

Assessoria

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