Planos de saúde individuais têm aumento de 382%

Os reajustes dos planos de saúde individuais chegaram a 382% entre 2000 e 2018, mais do que o dobro da inflação no setor de saúde no mesmo período (108%). As taxas foram divulgadas em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os pesquisadores fizeram críticas ao modelo de cálculo da Agência Nacional de Saúde (ANS), que, segundo conclusão, falhou na tentativa de regulação do serviço. “É preciso que a sociedade discuta o assunto, a fim de assegurar que os brasileiros não sejam prejudicados por conta do aumento de preços dos planos de saúde, principalmente porque a maioria do mercado continua desprotegido”, diz o pesquisador Carlos Ocké, coautor do estudo.

De acordo com o levantamento, mais de 3 milhões de pessoas deixaram de ter planos de assistência médica em função do aumento do desemprego e da queda da renda nos últimos quatro anos.

A análise aponta que a metodologia de cálculo do reajuste dos planos individuais era “cercada de controvérsias”.

Para a melhoria do sistema de cálculo, os pesquisadores propõem estudos para a criação de outro índice de preços para todas as modalidades de planos de saúde. A proposta é que o novo índice tome como base a produção dos serviços médico-hospitalares, para servir de parâmetro e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do setor da saúde como referência para a política de reajuste.

A ANS alterou a metodologia de cálculo em 2018, que passou a valer este ano. O novo Índice de Reajuste dos Planos Individuais (IRPI) se baseia na variação das despesas médicas das operadoras nos planos individuais e na inflação geral da economia.

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