Projeto sugere reaproveitamento para baratear tratamento médico na PB

O obstetra e ginecologista Marcelo Tissiani, desenvolveu, em seu projeto de mestrado, uma forma de baratear o tratamento do problema conhecido como “Bexiga baixa”. A cirurgia que busca conter a Incontinência Urinária de Esforço (IUE) se utiliza de telas de prolipropileno, mas essas telas são desenvolvidas em tamanhos maiores do que necessário e parte tende a ser desprezada. Além do desperdício, o valor do produto é alto.

O objetivo do projeto de Tissiani é estudar as propriedades químicas, mecânicas, térmicas, morfológicas e biológicas de telas de polipropileno utilizadas nas cirurgias para tratamento da IUE, antes e após a reesterilizacão (que ocorre “por plasma de peróxido de hidrogênio”, termo científico para especificar e diferenciar o processo dentre outros existentes). O pesquisador propõe que não é necessário tal descarte, e assim poderia, com eficácia e total segurança, atender a mais pacientes e também baratear os custos de todo o processo.

Sugere-se, através de testes, que é possível trabalhar com o mesmo material. Isso porque ele não é “afetado”, isto é, não se torna tóxico ou infectado, desde que conservado e tratado da forma correta. O trabalho de Tissiani, que foi defendido em dezembro de 2017, propôs que as propriedades estudadas da tela não foram alteradas significativamente, ou seja, após a reesterilizacão, não apresentaram crescimento de microrganismos viáveis, além de não se tornarem tóxicas, havendo, então, perspectivas de serem usadas em futuras cirurgias para tratar a IUE.

O trabalho e pesquisa de Tissiani se deu no Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (Certbio), pertencente ao Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande (CCT/UFCG).

“Bexiga baixa”

A “bexiga baixa” é um distúrbio já identificado pela Medicina, que geralmente acontece quando os músculos do assoalho pélvico e o esfíncter urinário estão fracos, mais flácidos, sendo, por isso, mais comum em idosos, mas também em mulheres. Com ela, o indivíduo perde o controle do próprio corpo e urina em momentos de esforço, ou mesmo de longos risos, tosses ou espirros.

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