Servidores da Dataprev começam greve na Paraíba

Foto: Reprodução

Funcionários da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) na Paraíba ficam em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (23). De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamentos de Dados da Paraíba (Sindpd-PB), Ademir Diniz, a mobilização acontece em resposta às intenções do governo federal em privatizar o serviço e em solidariedade a colegas demitidos em outros estados do país. 

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Nesta quinta, para marcar o início da paralisação, está prevista uma manifestação dos grevistas a partir das 8h em frente à sede da Dataprev em João Pessoa, localizada na Avenida Presidente Getúlio Vargas, no Centro da cidade.

No início do mês, foi anunciado o fechamento de 20 unidades regionais, gerando a demissão de 493 funcionários. Com a decisão do governo, o serviço ficou restrito a sete filiais consideradas estratégicas: Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. 

“A Paraíba ainda não foi afetada pelas demissões, mas será em breve porque o governo planeja um desmonte da Dataprev. A ideia da privatização é absurda. Não faz sentido fechar uma empresa que fornece tecnologia de ponta e dá lucro. O governo fala em ‘enxugar a máquina’, mas isso não é justificável porque não existe déficit na Dataprev”, diz o presidente do Sindpd-PB, Ademir Diniz.

Dataprev

A Dataprev é vinculada ao Ministério da Economia e responsável pelo processamento do pagamento mensal de cerca de 35 milhões de benefícios previdenciários e pela aplicação on-line que faz a liberação de seguro-desemprego. A empresa pública também processa as informações previdenciárias da Receita Federal e responde pelas funcionalidades dos programas que rodam nas estações de trabalho da maior rede de atendimento público do país, somadas as agências da Previdência Social aos postos do Sistema Nacional do Emprego (Sine).

Segundo Ademir Diniz, não é possível prever se haverá atraso em pagamentos por conta da greve. Durante a mobilização, 30% dos funcionários continuarão em atividade, conforme determina a lei de Direito de Greve

“A nossa federação já tentou diálogo com o Governo Federal, mas não houve retorno. Por isso a greve não tem tempo determinado. Esperamos que voltem atrás dessa decisão de privatizar a empresa”, finaliza o presidente do Sindpd-PB. 

PortalCorreio

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