Brasil cai uma posição em ranking de países com maiores juros do mundo
São Paulo – Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar 0,50 ponto percentual na Selic, anunciada na quarta-feira, (31), o Brasil caiu uma posição no ranking de países com os maiores juros reais do mundo.
Com 1,63% ao ano, país fica atrás de sete países: Argentina, México, Indonésia, Rússia, Turquia, Índia e Malásia.
A lista é divulgada a cada reunião do Copom pelo site MoneYou em parceria com a Infinity Asset Management.
A taxa de juros reais toma os juros nominais e subtrai a inflação projetada para os próximos 12 meses. Em termos nominais, o Brasil fica na sexta colocação, acima da Índia.
“Já estamos mais próximos da experiencia dos países emergentes”, aponta Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, ainda temos uma distância considerável para chegar aos desenvolvidos, como Estados Unidos e países da Europa, que têm juros excessivamente baixos e até negativos.
“O normal no futuro será de fato juros baixos no mundo inteiro, sendo que aqui ainda há passos adicionais na inflação para chegarmos em patamares mais baixos”, diz.
O economista avalia que a reforma da Previdência, junto com a queda futura da meta de inflação, que pode chegar a 3% em alguns anos, podem fazer com que a Selic chegue no futuro a números razoáveis como 4% ou 5% de forma mais sustentável.
Veja abaixo a lista de países com os maiores juros reais do mundo:
Ranking de juros reais
Ranking | País | Juro real |
---|---|---|
1º | Argentina | 5,23% |
2º | México | 3,84% |
3º | Indonésia | 3,35% |
4º | Rússia | 2,68% |
5º | Turquia | 2,63% |
6º | Índia | 2,56% |
7º | Malásia | 2,24% |
8º | Brasil | 1,63% |
9º | África do Sul | 1,62% |
10º | Colômbia | 0,95% |
11º | Filipinas | 0,75% |
12º | Singapura | 0,68% |
13º | Tailândia | 0,39% |
14º | China | 0,23% |
15º | Canadá | -0,04% |
16º | Coreia do Sul | -0,17% |
17º | Hong Kong | -0,24% |
18º | Polônia | -0,37% |
19º | Taiwan | -0,40% |
20º | República Checa | -0,43% |
21º | Chile | -0,53% |
22º | Nova Zelândia | -0,64% |
23º | Austrália | -0,73% |
24º | Estados Unidos | -0,76% |
25º | Japão | -0,76% |
26º | Israel | -1,01% |
27º | Grécia | -1,10% |
28º | Portugal | -1,20% |
29º | Itália | -1,20% |
30º | Dinamarca | -1,39% |
31º | Suíça | -1,40% |
32º | Espanha | -1,44% |
33º | França | -1,69% |
34º | Alemanha | -1,88% |
35º | Suécia | -1,86% |
36º | Bélgica | -1,90% |
37º | Áustria | -2,07% |
38º | Reino Unido | -2,29% |
39º | Holanda | -2,74% |
40º | Hungria | 2,84% |
Média geral | 0,31% |
Exame