Campina é a cidade mais cara da Paraíba para abastecimento com GNV

Com um valor médio de 3,732 reais por metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV) a Paraíba aparece com o maior preço cobrado dentre outros 14 estados que entram no levantamento semanal feito pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O detalhe é que na pesquisa realizada no período de 2 a 8 deste mês, não aparece o município de Campina Grande, cujo valor médio do produto está em 3,95 reais. Bem acima do valor que coloca a PB como líder do grupo.

Dados como esse tem chamado a atenção do Procon de Campina Grande que já prepara em conjunto com  o Procon Municipal de João Pessoa uma Ação Civil Pública para dar entrada no Ministério Público Estadual (MPE) para que os donos de postos expliquem o motivo desse alto índice de preços cobrado na região.

O coordenador executivo do Procon, Rivaldo Rodrigues explica que no momento todas as atenções do órgão estão voltadas para essa questão. Então a parceria com outros procons, como o de João Pessoa é muito benéfica, pois só com a união de vários esforços essa realidade pode ser mudada.

Desde a semana passada o órgão municipal está analisando a documentação enviada pelos 56 postos de combustíveis da cidade, para verificar o real motivo que o consumidor campinense não está se beneficiando com as constantes reduções de preços da gasolina, anunciadas quase que semanalmente pela Petrobras.

“Enquanto que a Petrobras reduz, em Campina vemos os preços só aumentando. Ao ponto de sermos a cidade mais cara da Paraíba para abastecimento de veículos. A gasolina sempre foi uma preocupação, e agora o GNV acendeu o sinal vermelho. Pois era um tipo de combustível considerado como mais acessível devido ao preço baixo em comparação com outros, utilizado por muitas categorias que usam muito o carro, a exemplo de taxistas, uberes e carros alternativos. Hoje vemos o gás natural custando em média 3,95 reais e o valor do mesmo só aumenta”, explica Rivaldo Rodrigues.

Nos últimos cincos meses, segundo a última pesquisa de preços realizada pelo Procon de Campina, o valor do gás natural veicular aumentou em média 7%, em agosto desse ano os motoristas adquiriam o produto por 3,69 reais e hoje vê um acréscimo de 26 centavos por m³. Parece pouco, mas quando o condutor enche o tanque percebe a desvantagem frente a outros combustíveis, e muitos se dizem arrependidos de terem convertido os carros para usar o GNV.

Para tranquilizar o consumidor, o Procon campinense que não tem autoridade para questionar os preços praticados. Vai ajuizar essa Ação no MPE na tentativa de mudar essa realidade local.

“Vamos usar as armas que temos, já que não podemos questionar preços, pois se trata de uma transação comercial e não consumerista, e desde 2002, vigora no Brasil o regime de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e revenda de combustíveis e derivados de petróleo. Então estamos acionando quem pode, e junto a outros procons esse movimento se fortalece. Além disso, estamos questionando a não variação de preços do GNV de um posto a outro. E se confirmar uma cartelização de preços, as providências cabíveis serão tomadas, doa a quem doer”, reitera Rivaldo.

Da Redação com Procon

 

 

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