“Fome e sofrimento”, confira o relato dos venezuelanos que buscam emprego em Campina Grande

Foto: Zenaide Ferreira

 

A convite da Diocese de Campina Grande, em parceria com o Serviço Pastoral do Migrantes, quatro venezuelanos refugiados foram acolhidos na Fazenda do Sol, entidade ligada à Igreja Católica da cidade, local onde eles devem ficar por um período de três meses, (podendo ser ampliado), para que possam buscar emprego.

Desde que chegaram da Venezuela, eles estavam vivendo na cidade de Boa Vista, em Roraima, mas a situação por lá também não é das melhores, sendo assim, decidiram deixar a família (parte em Venezuela e parte em Roraima) para tentar a vida na Rainha da Borborema.

O que mais chama atenção nessa história desses quatro jovens, com perfis profissionais de Comerciantes, Barbeiro e Enfermeiro é que todos eles, antes de vir para o Brasil tiveram que enfrentar “fome, angústia e separação”.

desabafou que está impossível viver na Venezuela, de acordo com ele, o país está na extrema pobreza.

Eddyson Jesus

 

“Não existe mais condições de viver na Venezuels. Falta segurança, comida, remédios… Se você sai com roupa, pode voltar sem, porque te roubam e até matam. Minha família e eu passamos muita fome” desabafou, Eddyson Jesus, de 19 anos.

 

 

 

 

Asael Gonzales

 

“O salário mínimo é pouco se converter para o Real é como se fosse R$ 10, não é fácil não. A comida é cara, o salário inteiro não dá para comprar nem 1 kg de frango. Além do mais, mesmo que você tenha o dinheiro, não tem onde comprar, falta tudo!”, relatou Asael Gonzales – Barbeiro.

 

 

 

 

 

Jesús Pérez

 

“Vivemos as piores situações com o nosso país em crise. O objetivo agora é trabalhar, me estabilizar para mandar dinheiro para que minha família possa vir para o Brasil”,  disse Jesús Pérez.

 

 

 

 

 

 

Rafael Ángel Santaella

 

“O pior momento foi ver que minha sobrinha ficou enferma porque minha irmã não tinha o que dá de comida e o único alimento que conseguiu foi uma manga. Mesmo sendo enfermeiro nada pude fazer, porque não tem remédios por lá (Venezuela) e eu não podia ajudar, cheguei a ficar 24h sem comer, foi quando decidi vir para o Brasil, por ser o país mais perto”, contou Rafael Ángel Santaella. 

 

 

Segundo o coordenador da Fazenda do Sol, padre Sérgio Leite, neste momento toda ajuda é bem vinda para estes jovens que precisam de roupas, materiais de higiene e emprego.

“Este é um ato de solidariedade, então eu conclamo a população que ajude com roupas, passagens de ônibus, se possível alimentação quando eles forem buscar emprego no centro da cidade, ou seja com tudo que puderem ajudar. Lembrando que na próxima semana estaremos recebendo mais um rapaz que vai integrar este grupo”.

A Fazenda do Sol está situada na Av. Sen. Argemiro de Figueiredo, 143, Sandra Cavalcante, Campina GrandeBR 230, sentido João Pessoa. Telefone: 3338-2737.

Produção e Tradução do Espanhol
Zenaide Ferreira

 

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